segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Meu gigantão!

Eu não podia esperar que ele soubesse responder minhas perguntas complexas sobre qual brinco combinava melhor com a roupa ou que ele soubesse as últimas novidades da Britney. Apesar de tudo isso, quando eu tava down era ele quem me levantava. Ele quem descia de seus quase 2 metros para me dar aquele abração de urso, de me tirar do chão. Ele quem virava várias madrugadas comigo no telefone, fosse falando besteira, fosse para ver televisão juntos. Ele que, estando doente com quase 40 graus de febre, me levou no cano da bicicleta até meu apartamento da praia, depois de um show de pagode, por que era isso que ele tinha prometido pro meu pai.Era pra ele que eu contava meus segredos, pegava dicas de como tratar os homens. Era ele que tinha aquele sorriso, aquele olhar, aquele jeito tímido, aquela coisa de menino que cresceu antes da hora. Era ele que me ligava atrás de mil conselhos, pra quem eu ensinava uma palavra nova por dia e que dizia que não viveria sem minha amizade. Ele que ia em churrascos miados comigo e que fazia tudo valer a pena e que, mesmo quando eu sabia que tinha metido ele num programa de índio, ele dizia que tinha adorado. Era pra ele que eu arranjava as amigas e era comigo que as meninas vinham falar buscando dicas para conquistá-lo. Eu sempre jogava no time oposto, no time dele e fazia de tudo pra ele se dar bem, mesmo que isso significasse que ele agiria como cachorro. Era também para mim que todos vinham perguntar se estávamos namorando. Nunca estivemos. Ele era o amigo de verdade e a prova viva de que amizade entre sexos diferentes existe sim.

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